Assobio Soluções Socioambientais

Nossa causa

Propósito de Engajamento

Um dos problemas ambientais crônicos no mundo todo é o desmatamento de florestas. 

As florestas tropicais, encontradas em biomas como Amazônia e Mata Atlântica, se destacam em relação aos outros biomas por sua biodiversidade e seu imenso potencial em prover recursos para o ser humano. Em nenhum lugar do Mundo há mais espécies de animais e plantas do que na Amazônia, por exemplo, o que torna o desmatamento nessa região uma forte ameaça à biodiversidade mundial de espécies. O desmatamento dessas áreas também é um sério afronte à estabilidade climática e, portanto, à manutenção do ciclo hidrológico, já que a renovação da água no sistema depende diretamente da manutenção das florestas.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), desmata-se por ano 4.848km² de floresta somente na Amazônia, o equivalente a 484.800 campos de futebol. De acordo com os dados mais recentes do INPE, no período de 2012 a 2013 foram desmatados 239 km² de remanescentes florestais de Mata Atlântica.  Nesse mesmo período, também foram desmatados 7.653 km² de mata no Cerrado, o segundo maior bioma do Brasil. 

O desmatamento e suas consequências, no entanto, são apenas parte do problema. A redução de áreas verdes também diz respeito à falta de proteção de rios e córregos espalhados aos montes pelo Brasil. Tal redução impacta diretamente a quantidade e a qualidade da água que chega aos nossos reservatórios, isso porque acarreta em perda de capacidade do solo em filtrar a água da chuva, devido à erosão acentuada e à sedimentação de partículas de solo erodido das margens no fundo rios. Ademais, alguns estudos apontam para uma correlação entre o desmatamento na Amazônia e a falta de chuvas em outras regiões do Brasil, como explícito no relatório do cientista e pesquisador do INPE, Antônio Nobre. 

É importante ressaltar que quando falamos de impactos ambientais, não estamos tratando somente da implicação destes impactos na saúde do meio ambiente isolado, mas de um todo mais complexo. Falamos também das implicações sociais e econômicas que decorrem desses impactos. Não é à toa que, com freqüência, onde há pobreza e carência das necessidades humanas, há degradação ambiental. E onde há degradação ambiental, há pobreza. No Brasil, essa lógica não foge à regra. Em 2009 o país era o segundo colocado no ranking da desigualdade social, medido pelo coeficiente Gini da Organização das Nações Unidas (ONU), que verifica a concentração de renda dos países. Hoje em dia, essa desigualdade entre ricos e pobres não só permanece, mas se intensifica cada vez mais.

O chamado “Mundo Rural Brasileiro”, dividido em grandes proprietários de terra ricos e pequenos produtores, é reflexo de uma economia que privilegia as commodities agrícolas de larga escala em sistema de monocultivo, cuja produção é voltada principalmente para o mercado externo. Esse sistema de produção, além de gerar uma série de impactos ambientais, marginaliza os pequenos produtores, que com pouco subsídio técnico-financeiro e pouca infraestrutura são carentes das mais básicas condições para produzir e comercializar seus produtos.

Cadeias produtivas de Produtos Florestais Não-Madeireiros (PFNMs), como sementes, serviços ambientais e outros benefícios oriundos da manutenção da floresta e de sua exploração sustentável, possuem enorme potencial de desenvolvimento no Brasil. O desenvolvimento desse mercado, além produzir efeitos socioeconômicos bastante positivos para os produtores envolvidos, gerando renda e possibilitando a interação dos produtores com o mercado consumidor, promove a conservação do meio ambiente, já que geralmente envolvem populações tradicionais que vivem no campo e dependem do manejo sustentável de seus recursos. No entanto, os gargalos mencionados acima e associados a essas cadeias de produção, desencorajam e inviabilizam seu desenvolvimento, bem como sua consolidação no mercado.

É notório que a lógica do modelo econômico atual aumenta o abismo social entre ricos e pobres, na medida em que privilegia os interesses de uma minoria rica, em detrimento de uma maioria pobre. Mais do que isso, esta lógica solidifica os estratos sociais, que são produto dessa lógica econômica.

Esse cenário gera resignação geral da população, rica e pobre. Os pobres, mais enfraquecidos, acabam por aceitá-lo e se submetem às “ações do destino”, como se este fosse algo previamente estabelecido e também inatingível, imutável e permanente. Os mais ricos são menos vulneráveis, mas também não escapam a essa mentalidade estática, na medida em que as mudanças de paradigmas lhes parecem tão improváveis quanto impossíveis de se estabelecerem. O impacto desse fenômeno é grave em uma sociedade, porque quanto mais presente ele se faz, mais somos forçados a aceitar essa lógica, esse “status quo” imponente, ou seja, o estado atual dos fatos e dos acontecimentos, que rege a dinâmica da vida em sociedade.

A Assobio nasce também dessa insatisfação, mas com uma diferença: passando por cima da resignação! Agente acredita que é possível converter essa lógica de sociedade, através da cooperação entre os diversos atores sociais interessados em mudá-la!

É necessário, em primeiro lugar, partir do princípio de que o ser humano está inserido no meio ambiente de forma inerente, ou seja, constitui parte dele. Através dessa mentalidade, compreendemos que a qualidade de vida das pessoas depende diretamente da saúde do meio ambiente ao seu redor, e, da mesma maneira, que a qualidade do meio ambiente é dependente da maneira como se dá a interação do homem com o meio em que se insere.

Temos a convicção de que através da união de nossos esforços com os de nossos parceiros, com simplicidade, respeito ao próximo e determinação, conseguiremos alcançar nosso objetivo de construir um mundo melhor e espelhar esperança entre as pessoas!

Porque sim, é possível aumentar a qualidade de vida das pessoas! Investindo em negócios sociais, valorizando o desenvolvimento de mercados locais e fomentando a inclusão social, podemos levar esperança à população menos assistida, esta que é peça-chave para a restauração florestal e preservação do meio ambiente e seus recursos.

Vocês, cidadãos, órgãos públicos e privados, são os principais elos dessa mudança! Sua participação é fundamental para que a gente consiga atingirtodos os nossos objetivos! Isso porque para serem cumpridas com primazia, estes objetivos precisam ser legitimados por vocês, através da valorização dos nossos serviços. Juntos por essa causa, com sua aceitação e respaldo, com certeza vamos conseguir construir um mundo mais sustentável em todas as esferas: social, ambiental e econômica. Afinal, essa mobilização afeta a vida de todos. 

Deixamos aqui uma pergunta: você está satisfeito com as imperfeições e injustiças do mundo em que vivemos? Aposto que não. Então venha interagir com a gente e faça a transformação acontecer! 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/11/desmatamento-diminui-18-na-amazonia-legal-em-um-ano

www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Amazonia

sitebiologico.blogspot.com.br/2007/10/matas-ciliares

revistaecoturismo.com.br/seminario

www.mma.gov.br

www.inpe.br